A Policlínica de Camocim já está há 4 meses sem Gastroenterologista. A denúncia foi feita no dia 13 de dezembro, em plenário, pelo Vereador César Veras (PDT), falando em nome da bancada da situação.
A oposição ouviu tudo e optou por seguir sem se manifestar.
O motivo do silêncio é simples: A Policlínica de Camocim é administrada pelo Consórcio de Saúde da Microrregião de Camocim, que por sua vez tem como presidente de "fato" o deputado estadual Romeu Arruda, chefe político dos vereadores Mário Roberto, Neto Vaulino, Ataíde Clemente e Geomar Sotero. Já o vereador Marcos Coelho, mesmo sendo ligado ao deputado João Jaime, adotou igual silêncio diante das graves denúncias apresentadas contra o Consórcio, instituição essa que recebe verba dos cofres de Camocim para se manter.
"Se tem dinheiro público de Camocim envolvido, meu dever é fiscalizar", costuma dizer Marcos Coelho em plenário. Pelo jeito, menos em relação ao que entra no Consórcio de Saúde.
Porém, o silêncio mais estranho vem do neófito edil Mário Roberto. O parlamentar costuma mostrar em suas redes sociais que está atento ao uso do dinheiro do município, mas, assim como seu colega Marcos Coelho e os demais, se omite quando trata-se da parte que banca o Consórcio de Saúde. Para isso, Mário vem fechando olhos e boca.
É como se o assunto Consórcio de Saúde fosse a "Kryptonita" da oposição.
Enquanto isso, centenas de pessoas, de Camocim, Granja, Chaval, Martinópole e Barroquinha, seguem sem ter direito ao atendimento de um Gastro, sendo que tal serviço vem sendo pago pelos municípios consorciados. Mas vamos falar baixo. A oposição quer silêncio.
Por Tadeu Nogueira