Começou a campanha anual de vacinação contra a gripe – agora já com a cepa atualizada, a H3N2 Darwin, que pegou o Brasil de surpresa no fim do ano passado. A vacina está recomendada para idosos, crianças, profissionais de saúde e outros grupos, mas a imunização será feita em etapas.
Quem está fora do público-alvo ou quer se adiantar pode recorrer ainda ao sistema privado. Há uma diferença nos imunizantes, no entanto. O Sistema Único de Saúde (SUS) aplica a versão trivalente, enquanto algumas farmácias e clínicas têm a opção da tetravalente.
Especialistas defendem que o mais importante é se proteger, independentemente de qual a vacina a escolhida.
A vacina trivalente em 2022 tem duas cepas de influenza A, a H1N1 e a H3N2, e uma linhagem de influenza B, a Victoria. A opção tetravalente tem uma linhagem adicional do tipo B: a Yamagata”.
O sistema público, no entanto, compra as doses do Instituto Butantan com os vírus influenza H1N1, H3N2 Darwin e B Victoria, esta última que a OMS entende que será a mais frequente este ano.
“Em termos de saúde pública, a trivalente tem uma eficácia muito boa porque contempla as variantes mais prevalentes”, avalia Gustavo Cabral, imunologista e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).
No âmbito individual, é possível obter proteção extra investindo na dose com quatro cepas. A opção é interessante principalmente para quem está no grupo de risco ou convive com pessoas que fazem parte dele. Tomar a vacina tetravalente tem suas vantagens, mas a principal recomendação que todas as pessoas com mais de seis meses de vida recebam a dose contra o influenza, não importa com qual composição.
Por Tadeu Nogueira
Com informações do UOL