Já deu para notar há algum tempo que o Capitão Wagner Sousa (UB), candidato a governador do Ceará, faz de tudo para desvincular-se da imagem de outro capitão, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Essa tática ficou mais clara ainda na propaganda eleitoral do rádio e TV. Nela, Bolsonaro não é citado, nem como amigo e muito menos como padrinho, mesmo sendo comum um candidato pegar carona em outro, mais graúdo, de grande popularidade.
Pelo jeito, não é isso que Wagner pensa em relação a Bolsonaro. O que fica parecendo é que Wagner entende que essa aproximação, no momento, não agrega de forma positiva para sua tentativa de chegar ao Abolição.
Como toda ação resulta em uma reação, o que se sabe é que o Bolsonarismo raiz no Ceará não tem poupado Wagner de duras críticas por tal posicionamento.
Em Camocim, onde Bolsonaro obteve 6.694 votos em 2018, ficando atrás de Haddad (10.865) e Ciro (15.699), o "racha intencional" promovido por Wagner deve refletir nas urnas.
Por Tadeu Nogueira