Não há cérebro em perfeito funcionamento que consiga entender o que falta acontecer até 30 de outubro, dia da votação do segundo turno das eleições deste ano.
O bom senso já sumiu faz tempo, e com ele uma pauta que deveria estar focada em discutir o que cada lado que restou na peleja tem a oferecer de bom ao país pelos próximos 4 anos.
Mas não é isso que acontece, infelizmente. O último absurdo foi a inclusão da Maçonaria no caldeirão de bobagens, notícias falsas, ataques, ofensas e preconceitos, de todas as formas, a que se resumiu a guerra virtual entre oposição e situação. E não quero aqui entrar no mérito.
A Maçonaria, que sempre foi alvo do imaginário popular em relação às suas regras e objetivos, se viu exposta mais uma vez, agora de forma exponencial, sendo protagonista de versões criadas a partir da pandemia de ódio e ignorância que assola nossa nação.
A instituição, que descende da Idade Média, tem como um de seus objetivos, nesse caso, paradoxalmente, "unir os homens entre si", estando longe de ser uma religião, como insistem em afirmar alguns, isso desde sua fundação.
Não sou Maçom (e nunca tive tal pretensão), mas respeito e sempre respeitei as instituições. A Maçonaria é uma delas.
Em Camocim, por exemplo, ela existe há mais de 100 anos, sempre funcionando em harmonia com as demais representatividades locais, sejam elas civis, militares ou eclesiásticas. Nunca houve, até onde se saiba, atritos de qualquer espécie.
Diletos leitores, nosso país, cuja Independência teve com um dos protagonistas essa dita Maçonaria, precisa superar a fome, o desemprego, a insegurança, racismo, e muitas outras mazelas que nos afligem, sobretudo aos mais carentes, porém, nada disso será possível se não conseguirmos destruir de vez a intolerância. O respeito mútuo se faz necessário.
Por Tadeu Nogueira