O Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde publicou, nesta quarta-feira (23), o relatório Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil.
O documento aponta para 704 mil casos novos da doença por ano, no Brasil, entre 2023 e 2025. O número representa um aumento de 12,6% em relação ao triênio anterior, quando foram estimados 625 mil novos casos da doença. A maior parte desses casos (70%) se concentra nas regiões Sul e Sudeste.
Segundo Marianna Cancela, pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA (Conprev), o aumento de casos é esperado, devido ao envelhecimento da população e também a fatores de risco específicos, como tumores associados a estilo de vida.
O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Pela primeira vez, o documento trouxe dados sobre os cânceres de pâncreas e de fígado, além de outros 19 tipos de tumores.
Cancela explica que a decisão de incluir esses cânceres nas estimativas foi tomada porque eles estão entre os dez tipos mais comuns em varias regiões do Brasil, como Norte e Sul. Além de serem dois tipos de câncer extremamente letais.
— O câncer de fígado esta em 7º lugar entre os homens na região Norte. Na região Nordeste, em 8º. E é um câncer que pode ser parcialmente prevenido através da vacinação contra Hepatite B. Já o câncer de pâncreas, é o 6º mais comum entre as mulheres na região Sul. Ele está mais relacionado à obesidade, sedentarismo e tabagismo, que são fatores de risco que podem ser controlados — explica Cancela.
Por Tadeu Nogueira
Fonte: O Globo