É bom lembrar que isso não deve ser encarado como novidade. O Camocim Online vem denunciando há 14 anos a retirada de areia do local e suas possíveis consequências.
O crime ambiental segue ocorrendo diariamente, sem nunca ter sido feita uma ação efetiva que coibisse a prática, nem mesmo educativa.
Para quem não sabe, extrair areia da praia é crime. Pelo crime de usurpação de bem pertencente à União, a pena é de 1 a 5 anos de detenção. Já a lei ambiental prevê pena de 6 meses a 1 ano.
A areia da Praia do Farol é utilizada em aterros e na construção civil da cidade. A vantagem é vista no preço final, já que não tem "dono". Como consequência, surge a erosão costeira acelerada, desertificação e perda de vegetação. Os danos são graves. E agora eles se estenderam até o asfalto.
Apesar da diversidade do ecossistema existente em Camocim, a cidade não conta com a presença fixa da Polícia Militar Ambiental (CPMA) e muito menos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ou da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Podemos agora acrescentar a Prefeitura de Camocim como mais um órgão alertado e prejudicado, já que o acesso asfaltado é de responsabilidade do Município.
Por Tadeu Nogueira