Praticamente toda a população já teve contato com o vírus que desencadeia a herpes-zóster em algum momento da vida.
Mesmo assim, a doença ainda é pouco conhecida e, muitas vezes, confundida com problemas de pele. A infecção, que se configura como a reativação do vírus da catapora no organismo humano, costuma se manifestar depois dos 50 anos de idade.
Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem em dias. Mas em alguns casos, o cenário pode se agravar, podendo afetar a visão e a saúde mental. As complicações também incluem disseminação do vírus pelo corpo e o comprometimento de movimentos, podendo causar paralisia do nervos cranianos, meningite, úlcera, hepatite e derrame cerebral.
Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros, em Minas Gerais, mostrou que a incidência de herpes-zóster aumentou 35,4% durante a pandemia. Entre os motivos estão o estresse provocado pelos confinamentos, que abalou o sistema imunológico desses pacientes. A própria ação do coronavírus no organismo pode também ter colaborado.
Quais são os sintomas da doença?
Os sinais mais comuns são erupções na pele no formato de bolhas. Trata-se de lesões que doem, coçam e aparecem sobretudo no tórax, nas costas, abdômen, mas também pode acometer a face e a cabeça. O infectado também sente febre e bastante dor de cabeça.
Como a doença é transmitida?
Como no herpes-zóster a lesão é localizada, não há transmissão respiratória. Ela pode ser passada através do contato. Isso porque o vírus permanece ativo dentro das lesões. O contágio acontece por meio do líquido das bolhas da pele ou por objetos contaminados pelo vírus. Lembrando que o microrganismo é o mesmo que causa a catapora. Portanto, se a pessoa nunca teve essa infecção ou não foi vacinada e teve contato direto com as lesões que surgem na pele, o risco de transmissão é maior.
Em qual idade ela é mais comum?
Ele costuma ser reativado depois dos 50 anos de idade e em imunossuprimidos. Dos 50 aos 59 anos de idade, o risco aumenta em 4,7% e depois disso cresce em torno de 12%.
Como é o tratamento?
Em grande parte dos casos, as lesões na pele desaparecem entre 2 e 4 semanas. O tratamento é feito com remédios e técnicas que ajudam a aliviar os sintomas, incluindo analgésicos e antivirais para combater a dor, reduzir a duração das lesões e evitar complicações.
Ela pode ser prevenida?
Sim, com vacinas. Neste ano chegou ao Brasil um novo imunizante contra o herpes-zóster, do laboratório GSK, para pessoas com mais de 50 anos e imunossuprimidos. Ela é produzida a partir de proteína do vírus (não vivo) e administrada em duas doses. Há também a vacina do fabricante MSD, para quem tem acima de 50 anos. É feita com vírus vivo atenuado da varicela-zóster, e ministrada em dose única. Por enquanto, ambas estão disponíveis apenas no sistema privado. Fonte: O Globo
Informação colaborativa de Everardo de Carvalho, o Dr.Saúde, Médico Especialista em Pediatria, Clínica Geral, Família e Comunidade, Saúde Pública, Doenças Infectocontagiosas e de Pele.
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