Um caminho comum é que pais de filhos autistas, ao pesquisar sobre a condição da criança, percebem em si características semelhantes e busquem ajuda profissional. Mas esse não é o único cenário.
Como o autismo afeta diretamente as habilidades sociais de comunicação e relacionamento, é comum que o indivíduo procure um serviço de saúde mental com outras queixas. É o que diz Ailton Martins, psicólogo, especialista em Análise do Comportamento (USP) e especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao TEA (UFSCar).
Não é raro que o autismo venha acompanhado de outras condições, as chamadas comorbidades, principalmente na fase adulta.
Os prejuízos provocados pela dificuldade de socialização e a autopercepção negativa podem desencadear transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo. O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade também está associado ao TEA em 30% a 50% dos casos.
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Por Tadeu Nogueira