Imagens gravadas nessa sexta-feira (14) mostram o resultado da presença humana na Praia das Barreiras, no trecho que fica situado em frente ao Sun City Resort.
Essa faixa de praia passou a ser muito frequentada nos últimos anos. Antes era só areia e pedrinhas, como tem que ser. Algumas cenas mostram lixo a poucos centímeros de uma lixeira.
Em outros momentos podemos ver garrafas e latas de cervejas e refrigerantes, embalagens de sucos e muitas sacolas, tendo ao fundo, paradoxalmente, as falésias.
A falta de educação é gritante.
Ironicamente, surgiu há um tempo atrás uma celeuma na cidade quando algumas pedras estavam sendo removidas dessa mesma praia, supostamente pelo Sun City.
Nas redes sociais, espalhou-se, como uma onda, declarações de amor à Praia das Barreiras. A mais recorrente frase era "isso é um crime contra o meio ambiente" ou "o povo vem de fora e faz o que bem quer". Pura hipocrisia.
Quem lesse e não morasse em Camocim, imaginava logo que o amor dos de "dentro" era incondicional, que a proteção ao meio ambiente era ferrenha por parte do povo. Ledo engano.
Nunca foi, não é, e dificilmente, sem uma mudança de consciência, será. O crime ambiental ocorre, de forma mais intensa, todos os finais de semana, impiedosamente, nessa e em todas as demais praias de Camocim. Até fraldas, devidamente "cheias", são deixadas para trás.
E pior, o modus operandi é passado de geração para geração. O filho que olha o pai jogando na areia a latinha de refrigerante no presente, será o adulto que fará o mesmo no futuro, diante de sua prole. Enfim, hoje, sábado, 15 de abril, assim como amanhã, serão mais dois dias de sofrimento para o mar que tanto alguns dizem amar.
Por Tadeu Nogueira
