Os meses de setembro, outubro e novembro são, historicamente, os mais quentes do ano, devido à baixa nebulosidade, como explicou Meiry Sakamoto, gerente de meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), em entrevista ao Diário do Nordeste na semana passada.
“Com poucas nuvens, a radiação solar incide diretamente e, inclusive, outubro é o mês de maior incidência de radiação solar no Estado. Isso é ótimo para a geração de energia, por exemplo, mas causa um desconforto considerável para a população”, reconhece.
Meiry destaca ainda os impactos para o Ceará da onda de calor que atinge outras regiões do Brasil.
A meteorologista lembra, ainda, que a ocorrência do El Niño, que já se estende por alguns meses, contribui para o cenário. “As águas quentes do Oceano Pacífico, caracterizando o El Niño, também contribuem para aquecer a atmosfera. Essas águas mais quentes têm uma interação oceano-atmosfera e acabam impactando as temperaturas do ar.”
Por Tadeu Nogueira