A Enel não se emenda. As armas do consumidor para combater esse "crime" continuado são ineficazes. Isso para ser comedido nas palavras.
A cada Carnaval, Réveillon, mesmo sabendo da alta na procura por destinos turísticos, a Enel prefere remediar.
Não foi diferente dessa vez. A empresa deixou praias como Canoa Quebrada, Icaraí de Amontada, Cumbuco e Flecheiras, entre outras, como até 48 horas sem energia.
Na Praia do Maceió, em Camocim, o tempo de apagão foi menor, mas também ocorreu. Nesse caso podemos incluir também outras áreas como Praia, Farol, Tapete Verde e Jardim das Oliveiras.
No Cumbuco, por exemplo, pertinho da capital, hóspedes de outros estados colocaram redes nas varandas das pousadas para fugirem do calor. Os do Ceará voltaram antes do previsto para sua casas. O prejuízo foi gigante.
Só após grande repercussão negativa na mídia, o Ministério Público "acordou" e fez o que é feito desde que a Enel começou a operar no Ceará: instaurou o velho e conhecido procedimento para apurar a falta do serviço. O cidadão não confia mais nisso como solução. Algo tem que mudar. E isso significa mudar de fato.
Agora, a Enel deve apresentar, no prazo de 20 dias, "as medidas implementadas para a restauração do serviço e o plano de ação para devido ressarcimento aos danos sofridos pela população dos municípios afetados". Nessa hora o setor jurídico vai fazer valer a pena o que recebe. Caso a Enel seja multada, os valores vão variar de R$ 1,7 mil a R$ 17 milhões, o que significa troco de pão para uma empresa que teve faturamento líquido, somente em 2022, de R$ 640,57 milhões.
Alguém duvida que vai ser diferente no carnaval que está chegando?
Por Tadeu Nogueira