quarta-feira, 24 de abril de 2024

CLASSE MÉDIA: PROGRAMA FINANCIARÁ IMÓVEIS ACIMA DE R$ 350 MIL

Com foco na classe média, um dos eixos do “
Programa Acredita”, do Governo Federal, permitirá que os bancos recebam mais recursos para financiar imóveis acima de R$ 350 mil. 

Atualmente, esse público não é contemplado em ações habitacionais específicas e enfrenta dificuldade de acesso ao crédito imobiliário devido às taxas de juros mais elevadas.

Com esse estímulo ao setor, a expectativa é viabilizar tarifas atrativas para a classe média brasileira, incluindo todos os estados. Atualmente, o programa “Minha Casa, Minha Vida” financia imóveis de até R$ 350 mil, com taxas de 4% a 4,50% ao ano (a.a.).

COMO A CLASSE MÉDIA NO CEARÁ SERÁ BENEFICIADA

Para o empresário da construção civil e vice-Presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), André Montenegro, a medida alcançará consumidores que estavam no “limbo entre moradias de programas sociais e alto padrão”.

“Há muita demanda para o público de imóveis entre R$ 350 mil e R$ 1,5 milhão, mas não havia linha para atendê-la. Com o programa, haverá mais dinheiro para financiar esses imóveis sem precisar depender dos recursos da poupança, que têm sofrido baixas”, destacou.

“Portanto, é um programa importantíssimo, principalmente para levar crédito para uma classe desacreditada diante da escassez de recursos da poupança. Isso injetará mais financiamentos, deve baixar o juro e aquecer o mercado”, finalizou.

O Governo, no entanto, ainda não divulgou quais serão as tarifas cobradas. Para o especialista de mercado imobiliário e colunista do Diário do Nordeste, Paulo Angelim, o "Acredita" é positivo. No entanto, pondera, é necessário compreender como será a operacionalização.

“Para esse público comprador de bens acima de R$ 350 mil, as taxas precisam ser subsidiadas para não inviabilizar o acesso por conta do valor da prestação”, analisou, destacando a importância da compensação em relação às linhas atuais.

O presidente do SindusconCE, Patriolino Dias de Sousa, reiterou que o programa viabilizará uma oferta mais ampla para a classe média.

Por Tadeu Nogueira (Com DN)