Os benefícios do tai chi chuan para o corpo e a mente são amplamente difundidos — já passaram pelo escrutínio de cientistas fortalecimento muscular, ganho de equilíbrio, alívio para dor e proteção cardiovascular.
Agora, uma pesquisa realizada na terra natal da técnica chinesa acrescenta uma nova vantagem aos adeptos, especialmente os que sofrem da doença de Parkinson.
A prática ajuda a controlar, no longo prazo, sintomas da condição, marcada por tremores, rigidez e difculdades para caminhar, com repercussões na autonomia, no sono e no bem-estar geral.
Mais de 300 voluntários do experimento foram divididos em dois grupos. Parte deles fez sessões de tai chi uma hora por dia, duas vezes na semana. O restante seguiu o tratamento convencional. A progressão da doença foi mais lenta em todos os pontos monitorados entre aqueles que realizaram a arte marcial.
Ao contrário desse grupo, quem não aderiu à atividade ainda precisou aumentar o número de medicações no período avaliado.
“Áreas do cérebro relacionadas ao controle motor, à memorização e à automatização dos movimentos são treinadas com a prática constante do tai chi”, justifica as benesses observadas o neurocirurgião Fernando Gomes, professor da Universidade de São Paulo (USP).
Por Tadeu Nogueira (Com Veja)