O medicamento para insônia Zolpidem recebeu uma camada adicional de controle para prescrição e venda por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, a partir de 1º de dezembro, novos medicamentos devem sair de fábrica em embalagem com tarja preta.
Em reunião realizada na noite desta quarta-feira, 15, a diretoria colegiada da agência definiu que o fármaco só pode ser receitado por profissional cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária e com receita tipo B (azul), mais rígida para remédios controlados, a partir de 1º de agosto deste ano.
O zolpidem já faz parte da lista de substâncias psicotrópicas, também chamada de lista B1, e é um hipnótico indicado para o tratamento de casos de insônia de curta duração, seja por dificuldades para dormir ou para manter o sono ao longo da noite. Normalmente, a recomendação médica é de que o remédio não seja administrado por mais do que quatro semanas.
Esse aumento do controle teve como base o aumento de relatos de uso abusivo e irregular do medicamento, além do crescimento de episódios de eventos adversos ligados à substância.
Nos últimos anos, o público jovem tem compartilhado nas redes sociais suas “viagens” após uso do fármaco. A medida foi elogiada por entidades como a Associação Brasileira do Sono (ABS) e a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), que orientam que o uso da medicação seja feito apenas sob prescrição médica e com acompanhamento da evolução do tratamento por um profissional.
Por Tadeu Nogueira (com Veja)