Antes, para jogar, as pessoas precisavam sair de suas casas.
Os viciados frequentavam "casas de jogos".
Em Camocim, por exemplo, de forma clandestina, até hoje elas existem. Há relatos de pessoas que permaneciam até 4 dias nesses ambientes, sem dormir, jogando sem parar.
Agora, com os tais cassinos online, as apostas são feitas na palma da mão, bastando ter um celular conectado à internet. Nem precisa sair de casa, porém, tal acomodação vem gerando ainda mais prejuízos, materiais e emocionais.
Segundo apuração do Camocim Online, há casos assustadores em Camocim de pessoas que já perderam até a própria residência para esses verdadeiros "predadores virtuais".
Tem gente sendo demitida por justa causa, simplesmente porque não se concentra na sua função, jogando em pleno expediente, além de pessoas que já "torraram" a poupança da família, e outros que, após perderem tudo, apelaram para a agiotagem, gerando outro problema.
Aplicativos como o "Jogo do Tigrinho", o mais acessados deles, estão levando não só o dinheiro, mas a saúde mental de quem perde a noção de limite.
A diferença entre a diversão e o vício em apostas online está no fato de que o jogador compulsivo simplesmente não consegue parar de jogar. Muitas vezes deixa sua rotina e as pessoas que o cercam, trocando absolutamente tudo por jogos. Esse hábito também tem causado depressão. A situação é grave e merece reflexão.
Por Tadeu Nogueira
