quarta-feira, 10 de julho de 2024

"JOGO DO TIGRINHO": PSICÓLOGO DÁ DICAS DE COMO VENCER O VÍCIO

O “jogo do tigrinho”, muito popular em alguns grupos, pode parecer inofensivo no começo, mas tem levado muitas pessoas a desenvolverem um vício perigoso, que afeta não apenas o bolso, mas também a vida emocional e os relacionamentos familiares.

O psicólogo e psicoterapeuta Wagner Costa explica que, quando o jogo começa a ocupar seus pensamentos a maior parte do tempo, a ponto de você negligenciar responsabilidades e mentir sobre suas apostas, é hora de prestar atenção. 

“O jogo passa a ser prioridade na vida da pessoa, levando a problemas financeiros e mudanças de humor”, disse Wagner.

A ansiedade e o estresse gerados pelo vício podem afetar sua saúde física e mental. Você pode começar a sentir culpa e vergonha, o que pode levar a um isolamento ainda maior. 

“A pessoa sabe que está negligenciando a própria vida e isso pode levá-la a um isolamento social, prejudicando ainda mais as relações interpessoais”, destacou.

Superar o vício não é fácil, mas há esperança. O psicólogo recomenda a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a identificar e modificar os pensamentos que levam ao comportamento de jogo. Participar de grupos de apoio também pode ser muito útil, pois permite que você veja que não está sozinho nessa luta.

A jornada para a recuperação é cheia de desafios. Segundo o psicólogo, vencer o vício envolve enfrentar desejos fortes de jogar e negação do problema. 

“É um desafio que requer determinação, disciplina e foco, além do suporte contínuo de profissionais de saúde “, ressaltou.

E se você tiver uma recaída? Isso pode acontecer, e é importante estar preparado. “Recaídas podem ocorrer, mas com o suporte adequado, é possível superá-las”, aconselhou o psicólogo, afirmando que ter uma rede de apoio sólida e estar sempre alerta são fundamentais para evitar o problema.

Lembre-se, superar o vício não é apenas uma questão de força de vontade. É sobre desenvolver habilidades, disciplina e foco, com o apoio necessário, conforme concluiu o psicólogo Wagner Costa.

Por Tadeu Nogueira (com Folha BV)