O General Gomes de Lima foi um daqueles camocinenses que não tiveram uma identificação muito forte com a cidade.
Tanto é que em alguns relatos biográficos é dado e tido como sobralense.
Aliás, uma foto sua quase em tamanho natural, orna uma das paredes do Museu Dom José de Sobral.
Dono de uma brilhante carreira militar, enveredou pela política nas décadas de 1950.
Primeiramente, concorreu ao cargo de governador do Estado do Ceará em 1947 e foi derrotado por Faustino de Albuquerque. Inclusive, perdeu em Camocim.
Nas eleições gerais de 1950 foi eleito Senador da República pelo Ceará.
Nos anais do seu mandato, no entanto, a sua atuação pouco se refere ao Ceará e à região norte, propriamente. Rastreando os jornais, no entanto, encontramos uma simples nota, fazendo referência à produção salineira de Chaval e Camocim:
REEQUIPARAÇÃO DE FRETES
O Sr. Onofre Gomes, da bancada cearense, foi o primeiro a ocupar a tribuna, transmitindo um apelo dos produtores de sal do seu Estado, no sentido de que os fretes de Chaval sejam os mesmos que os do porto de Camocim e que os navios do Loide façam escalas nos aludidos portos, no prazo mínimo de 30 ou 40 dias. Aproveitando o ensejo, o Sr Onofre Gomes fez, também, considerações sobre a crise de produção no Ceará, provocada pela seca (Fonte: Jornal A Manhã, RJ, 1953, ed. 3622, p.6.)
Por Carlos Augusto P. dos Santos (Historiador e Editor do Camocim Pote de Histórias)