O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, na última quinta-feira (20), que as guardas municipais podem realizar policiamento ostensivo nas vias públicas.
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A controvérsia da questão estava em torno da interpretação do Artigo 144, da Constituição.
O dispositivo definiu que os municípios podem criar guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.
De acordo com entendimento da maioria dos ministros, a guarda municipal pode atuar em ações de segurança pública, além da função de vigilância patrimonial, mas deve respeitar as atribuições das polícias Civil e Militar, como não atuar como polícia judiciária, por exemplo.
Ao final do julgamento, foi definida a seguinte tese, que valerá para todo o país:
"É constitucional, no âmbito dos municípios, o exercício de ações de segurança urbana pelas guardas municipais, inclusive o policiamento ostensivo comunitário, respeitadas as atribuições dos demais órgãos de segurança pública previstas no artigo 144 da Constituição Federal e excluída qualquer atividade de polícia judiciária, sendo submetidas ao controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso 7º, da Constituição Federal", definiu o STF.
Resta saber se a mudança será adotada, por exemplo, em Camocim. Não se trata de uma mudança qualquer. Essa alteração, caso seja feita, exigirá bastante planejamento.
Por Tadeu Nogueira