A série “Adolescência”, da Netflix, deveria ser tema de discussão nas escolas de ensino médio de Camocim.
Logo no primeiro episódio, cai por terra a frase “eu conheço o filho que tenho”.
Acredite, nem sempre é assim. E isso tem explicação.
Para pais que ainda acham que os filhos adolescentes estão seguros em casa, nos seus quartos, a série então passa a ser quase que obrigatória, eu diria.
Nesses casos, é preciso esquecer de outra frase, a que prega que “o lar é seguro e inviolável”.
Ele pode até ser, desde que não tenha um roteador dentro dele.
Com a internet, o adolescente fica à mercê de um universo paralelo, de um mundo onde há duras regras que envolvem bullying, misoginia, violência extrema e outras mazelas.
Nem todo adolescente será vítima, mas cada um deles será “testado”, afinal, a mesma internet que educa, ajuda a salvar vidas, que nos leva a conhecer o planeta sem sair de casa, é a que pode gerar um abismo entre pais e filhos.
E é disso que trata em parte a série da Netflix.
Por isso é preciso discutir presencialmente esse tema no ambiente escolar, onde, geralmente, tudo começa.
Nós brasileiros temos uma dificuldade histórica em colocar em pauta questões delicadas que podem nos prejudicar, prejudicar nossos filhos e gerações que estão por vir.
Eis uma grande oportunidade de romper essa “barreira”.
Fica a dica!